Texto enviado pela Zootecnista, Liliane Palhares
A carne suína ainda é considerada por muitos brasileiros um alimento gorduroso, com elevado teor de colesterol e inseguro, podendo propagar doenças. Essa ideia vem sendo mantida desde o século passado, primeiramente porque a maioria dos suínos criados na década de 1960 eram para produção de banha. Nesta época, os suínos possuíam 48% do rendimento em carne magra com 6 cm de espessura de toucinho, além de serem criados soltos, comendo sobras de alimentos sem nenhum controle da nutrição ou sanidade.
E essa foi uma informação propagada por várias gerações entre a população, o que poucos sabem é que a partir de 1970 foi quando teve início o melhoramento genético de suínos no Brasil, período o qual iniciou a substituição dos “tipo banha” por animais com características genéticas superiores para deposição de carne magra “tipo carne”. Até o ano de 2010 os suínos tiveram o seu rendimento aumentado para aproximadamente 60% de carne magra e 1 cm de espessura de toucinho, perdendo cerca de 30% de seu nível de gordura, 14% de calorias e 10% de colesterol. Em relação ao colesterol, a carne suína possui menos 55 mg que os cortes de frango e 59 mg que o de um contrafilé bovino.
Em relação a afirmação que a carne suína “é remosa” (dificulta a cicatrização ou provoca inflamações), não há nenhuma comprovação científica que a carne suína possa agravar quadros pós-cirúrgicos, ao contrário, os cientistas informam que a carne suína é rica em ferro, vitaminas A e C, nutrientes essenciais no auxílio da cicatrização.
No que se refere ao sistema de criação dos suínos, os mesmos passaram a ser criados em ambientes confinados ou semi-confinados, com alimentação balanceada à base de milho, farelo de soja, vitaminas e minerais, água potável, além de receberem maiores cuidados sanitários. Mediante as novas técnicas de criação, a possibilidade de incidência de doenças como teníase e cisticercose é praticamente nula, mas para garantir a procedência da carne suína deve-se verificar a existência dos selos de inspeção emitido pelo Ministério da Agricultura.
Bibliografia Consultada
http://www.agroceresmultimix.com.br/blog/cisticercose-mitos-e-verdades/
Fontes das imagens
https://tinyurl.com/y7s8vbek
https://tinyurl.com/y72538o6
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