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#2 - Reprodução. Série "como lucrar mais"

Nessa segunda matéria da série “O segredo para lucrar mais, é gastar mais!”, Será abordado o tema Reprodução. Se você não leu a outra matéria, acesse lá no IZoo.

Quando falamos de reprodução, não temos uma clara ideia sobre como esse “setor” interfere nos resultados financeiros da propriedade. Isso ocorrer porque não avaliamos o impacto das escolhas no rebanho, e sim nos custos.


Fonte: Escola do Cavalo

A Reprodução é um dos manejos mais importantes das propriedades rurais, pois quando bem feita, garante um significante aumento na produção e produtividade do plantel ao longo dos anos, e consequentemente, melhora a saúde financeira da atividade.


Esse manejo está apoiado em pilares, sendo eles: Técnica de reprodução; Genética; e Planejamento. Normalmente o que ocorre é que é dado uma atenção maior (não disse grande, e sim maior do que as outras) à primeira, uma passada pela segunda e uma ignorada na terceira.


Fonte: Bioembryo

Pode ser que nesse momento você pode estar se perguntando o que você está deixando passar. Mesmo que você não esteja, de todo jeito, vou abordar resumidamente os três pilares e destacar os pontos que devemos levar em conta ao montar um programa de Reprodução nas propriedades rurais.


1- Técnica de Reprodução: Aqui como o nome sugere, deve ser definido como será a reprodução do rebanho, se será assistida ou não, se será por estação de monta, se será por inseminação (IA), se será feito sincronização de cio (IATF), se utilizará a Transferência de Embrião (TE), ou qualquer outra técnica de reprodução.

Todas elas tem suas vantagens de desvantagens, nem todas devem ser utilizadas em qualquer situação, essa escolha deve ser feita para que seja obtido o melhor resultado possível, muitas vezes deve ser optado por mais de uma, Por exemplo, em um rebanho leiteiro, pode ser definido que as melhores vacas do rebanho serão doadoras de embrião, mas vacas intermediárias serão sincronizadas e inseminadas com sêmen sexado, as primíparas serão inseminadas com sêmen convencional e as piores vacas serão receptoras dos embriões. O que importa é usar a melhor técnica de forma correta.


2- Genética: Esse é um ponto que muitos acham que dão importância, mas nem todos fazem de forma correta. Inicialmente, antes de começar a atividade, é importante definir qual é o melhor tipo de animal para a atividade que se iniciará. Essa definição deve ser feita baseada nas particularidades da região, como clima e topografia, na alimentação que poderá ser fornecida, nas instalações que poderão ser utilizadas e muitos outros fatores, nem sempre a mesma raça ou linhagem será a melhor escolha em propriedades vizinhas.

Caso o profissional pegue um projeto já em andamento, ele deve fazer uma avaliação criteriosa de o que o rebanho precisa, quais características o rebanho precisa desenvolver para aumentar a produtividade. É importante identificar quais características o rebanho tem que aumentam as despesas com sanidade por exemplo. Portanto, escolher o melhor reprodutor é fundamental, e para isso, será demandado um bom tempo em cima de catálogos de sêmen ou reprodutores.


3- Planejamento: O manejo reprodutivo deve ser planejado, desde a escolha do material genético, até a idade que os animais irão reproduzir. Claro que esse planejamento deve ter como objetivo a maior lucratividade possível. As escolhas devem ser casadas, não adianta escolher a mais avançada tecnologia de reprodução para animais com baixa produtividade, afinal, quem coletaria embriões de uma vaca ruim?

Portanto, a definição do manejo reprodutivo deve ser definido visando o melhor retorno do investimento, e não procurar o sêmen que está em promoção. Quando se tem bons animais, o custo com transferência de embrião, ou o valor do sêmen será refletido em maior produtividade, e consequentemente, mais lucro.






Fábio Rezende

Consultor de Agronegócio

Consultor iZoo de Tecnologia de Produção

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