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#3 - NUTRIÇÃO. Série "como lucrar mais"

Nessa terceira e última matéria da série “O segredo para lucrar mais, é gastar mais!”, Será abordado o tema Nutrição. Se você não leu as outras matérias, acesse aqui no IZoo.


Na maioria das atividades rurais, Nutrição é o principal centro de custos, não só por normalmente ter o maior impacto nos custos, mas também por ser o que mais pode ser ajustado e ter importante impacto. Com isso, e elaboração do programa de nutrição deve ser feito com muito cuidado.




Esse programa é mais complexo do que simplesmente escolher os alimentos que serão ofertados aos animais, mas também, a frequência, a forma do fornecimento, o dimensionamento do estoque, a separação dos animais em lotes, a adequação da quantidade e especificidade da alimentação para os lotes, até a formulação da dieta em si.


Para isso, é fundamental a elaboração de um bom planejamento da atividade, para que o programa nutricional atenda às necessidades dos animais, tanto em quantidade, quanto em qualidade. Por exemplo, um sistema de cria a pasto tem um programa nutricional completamente diferente de um confinamento de terminação de bovinos.


O que devemos ter em mente para montar um bom programa nutricional?


1- Definir quantos lotes devem ser atendidos. Nem sempre é possível separar os animais na quantidade de lotes possível, o ideal seria uma alimentação individualizada, mas nem sempre essa estratégia é rentável. Mas é importante dividir o máximo possível, pois as necessidades nutricionais são bem diferentes em alguns casos. No mínimo, devemos separar animais de alta, média e baixa produção, Crias de animais adultos, e também pelo estagio reprodutivo. Pois uma boa alimentação no pré-parto, aumenta a produção de leite na lactação, por exemplo.


2- Definir qual é a necessidade nutricional de cada lote. Uma vez que os lotes estão definidos, é importante estabeleces as necessidades de cada lote. Por exemplo, animais de alta produção tem necessidades diferentes dos de baixa produção, assim com leitões têm necessidades diferentes dos reprodutores.


3- Definir quais alimentos serão utilizados para cada lote. Essa talvez seja uma das mais complicadas tarefas. Para definir isso, devemos tentar escolher alimentos que estão disponíveis por bastante tempo, e que seja possível utilizar na maioria dos lotes, para viabilizar a compra desses insumos. No caso de volumoso, esse cuidado também deve ser tomado, irrigação e divisão de pastagem são ótimos aliados nessa tarefa, assim

como silagens e fenos.


4- Definir o período de tempo de cada alimentação. Estabelecer o tampo que cada ingrediente será utilizado é importante para que não ocorra faltas ou desperdícios, por exemplo, se meu programa de confinamento é de 90 dias, e o outro ciclo os animais serão terminamos em pastagem com suplementação, a quantidade que cada alimento será utilizado será diferente.


5- Quantificar cada alimento que será utilizado na propriedade. Isso para que as negociações com fornecedores sejam favoráveis, lembre-se, quem compra muito para pouco. Outro ponto importante aqui é avaliar a viabilidade de montar uma fábrica de ração na propriedade. Não é tão complexo como parece, e na maioria dos casos de grandes e médias propriedades, essa estratégia é vantajosa.


6- Definir a forma de estocagem de cada alimento. Quando compramos ou produzimos alimento, a estocagem é um ponto importante do processo. É importante definir qual alimento será estocado em forma de sacos, quais serão em silos de grãos, em silos de forragem ou feno, para que a estocagem seja bem dimensionada, para que os investimentos sejam eficientes.


7- Definir a forma de fornecimento de alimento para cada lote. Esse é o ponto que muitos proprietários pecam por querer economizar. Por exemplo, para alimentar suínos em terminação, muitas vezes os produtores acham que é mais barato levar alimento no carrinho de mão, do que pelas roscas dos alimentadores automáticos, o mesmo ocorre para frangos de corte. Ou acreditam que é mais vantajoso levar o alimento para os bovinos em confinamento usando uma carroça, e misturando o alimento com a pá dentro do cocho, do que utilizar um vagão forrageiro. Resumindo, não coloque um projeto a perder por não querer investir no programa nutricional, dimensione sua atividade, e avalie como seus processos podem ser mais eficientes possíveis de forma sustentável, porque na maioria das situações, o investimento em tecnologia é uma excelente forma de economizar.






Fábio Rezende

Consultor de Agronegócio

Consultor iZoo de Tecnologia de Produção

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